Descrição: Castanhas, assadas em carvão, com casca estaladiça e polpa tenra.
Delimitação da área geográfica de produção: Todo o país.
Modo de preparação: Antes de colocar as castanhas no assador dá-se-lhes um golpe na casca para impedir que estalem enquanto assam. Depois de assadas coloca-se sal e abafam-se com um pano de flanela para que fiquem mais macias e saborosas. No final descasca-se e comem-se acompanhadas com jeropiga, água-pé ou vinho novo.
Saber fazer: Devem ter-se castanhas de boa qualidade que se golpeiam para se evitar que rebentem. O lume tem que estar forte e com boas brasas, para que o sabor seja melhor, libertando os assadores um fumo branco que se confunde com nevoeiro.
Formas de comercialização: As castanhas são vendidas à dúzia e servidas em cones de papel, antigamente de jornal ou de listas telefónicas.
Disponibilidade do produto ao longo do ano: Durante o outono.
Historial do produto: Há mais de mil anos os pastores e lenhadores aproveitavam as fogueiras para se aquecerem e ao mesmo tempo assavam castanhas que lhes serviam de alimento. Na zona norte de Portugal entre os Santos (1º de novembro) e o São Martinho organizam-se animados magustos. O dia de São Martinho é o dia por excelência dos tradicionais magustos, que geralmente são regados com jeropiga, vinho novo ou água-pé.
Durante o outono é tradicional verem-se os tradicionais vendedores de castanhas, que com uma máquina móvel de ferro, com um caçoulo furado de ferro ou barro, assam as castanhas com uma arte ímpar e vendem a quem passa em cartuchos de papel, espalhando um aroma irresistível e inconfundível.
Fonte: A castanha – Saberes e sabores, Jorge Lage, 2002; Câmara Municipal de Valpaços.
Fonte da imagem: Vortex Magazine