Canja a Doentes ou Sopa do Duque

Descrição: Caldo com couve e diversas carnes.

Delimitação da área geográfica de produção: Lavos – Figueira da Foz.

Ingredientes utilizados: 1 galinha do campo; orelheira de porco salgada; pé de porco; chouriço velho; chouriço novo; toucinho salgado; toucinho fresco; couve de corte; alho francês; macarronete; sal; cebola; hortelã; água.

Modo de preparação: Depena-se e limpa-se a galinha. Coze-se juntamente com todas as carnes. Na água da cozedura, abre-se o macarronete e junta-se a hortaliça e a cebola. Ao servir, utiliza-se uma malga para a sopa e um prato para as carnes cortadas em pedaços. Tudo deve ser comido conjuntamente. Deverá colocar-se um prato com hortelã picada que se junta à sopa, ao gosto de cada um. Acompanha-se com vinho tinto da região e, como sobremesa, laranja, de preferência branca, tal como o Duque de Wellington afirmou ter sido servida.

Formas de comercialização: Em alguns restaurantes locais mediante encomenda.

Historial do produto: Afirma-se por estas paragens, com muita convicção, que este prato foi servido a Artur Wellesley, nos primeiros dias de Agosto de 1808, quando estabeleceu o seu quartel-general nos armazéns de Lavos, depois do desembarque das tropas inglesas ao sul da Figueira, que vieram ajudar na luta contra os franceses de Napoleão Bonaparte. O próprio general inglês descreve a receita numa carta endereçada a sua esposa, carta que se encontra no Livro de memórias da duquesa. O prato continua a ser confeccionado desta forma na região. Não é por acaso que a restauração naquela freguesia atribua o nome de Sopa do Duque a esta iguaria.

Representatividade na alimentação local: Em alguns restaurantes locais por encomenda.

Fonte: Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas