Queijo Terrincho DOP

Descrição: O Queijo Terrincho DOP é obtido a partir de leite cru de ovelha da raça Churra da Terra Quente. Trata-se de um queijo curado, de pasta semi-dura a dura (Queijo Terrincho Velho) e de cor branca a amarelada.

Método de produção: Após a ordenha das ovelhas, o leite é filtrado e aquecido até aos 35 ⁰C. Adiciona-se o coalho de origem animal e deixa-se repousar. Após a coagulação, a massa é colocada nos cinchos, onde ocorre o esgotamento da coalhada e consequente remoção do soro.
Os queijos são retirados dos cinchos e salgados, seguindo-se o processo de secagem.
Após estas etapas dá-se a maturação, que compreende 30 dias (com excepção do Queijo Terrincho Velho, em que o período é de 90 dias) à temperatura de 5 a 12 ⁰C e humidade relativa de 80 a 85%. Os queijos são ainda lavados e virados frequentemente.

Características particulares: As características distintivas do Queijo Terrincho DOP devem-se particularmente ao método de criação das ovelhas, em regime extensivo. Sendo criadas sob condições exclusivamente naturais, na área montanhosa da Terra Quente, com acesso a diversas pastagens.
Em relação ao produto, este possui cerca de 13 a 20 cm de diâmetro e peso entre 800 a 1200 g (600 a 1100 g no caso do Queijo Terrincho Velho). Possui sabor e aroma, suave, limpo e característico (forte e característico no caso do Queijo Terrincho Velho).

Área de produção: A área geográfica de produção do Queijo Terrincho DOP abrange os concelhos de Mogadouro, Alfândega da Fé, Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Vila Nova de Foz Côa, Macedo de Cavaleiros, São João da Pesqueira, Valpaços, Meda e Figueira de Castelo Rodrigo, nos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda.

História: A história do Queijo Terrincho DOP encontra-se ligada à raça ovina Churra da Terra Quente, conhecida localmente como Terrincho. Estas foram encontradas no século XIX, na área da Terra Quente e nos vales do Rio Douro, tendo aumentado consideravelmente o seu número.
A primeira referência bibliográfica ocorreu em 1900, por Cincinato da Costa e Luís de Castro, onde é evidenciando a qualidade do leite destas ovelhas.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
QUEITEC - Cooperativa dos Produtores de Leite de Ovinos da Terra Quente, CRL

Organismo de controlo e certificação
TRADIÇÃO E QUALIDADE - Associação Interprofissional para Produtos Agro - Alimentares de Trás - os- -Montes (AIPAATM)

Plano de controlo
Plano de controlo (pdf)

Publicação no jornal oficial UE
Reg. (CE) n.º 1107/96 - L148 21.06.1996
JOUE C 186/8 5.6.2020
Reg. (UE) 2020/1415 - L 326/3 8.10.2020

Publicação em DR
Aviso (2ª série) de 26.01.1994
Despacho n.º 16/94 (2ª série) 26.01.1994

Aviso n.º 7863/2000 (2ª série) 08.05.2000
Aviso n.º 7590/2000, de 03.05.2000
Aviso n.º 2601/2005 (2ª série) 15.03.2005
Aviso n.º 7217/2016, de 07 de junho
Despacho n.º 13349/2016, de 9 de novembro
Aviso (extrato) nº. 6491/2016

 

Padrão da Raça Ovina Churra da Terra Quente

Churra Terra Quente rd 2De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o ovino Churro da Terra Quente é um animal com as seguintes características:

Aspeto Geral – Estatura média e cor branca.
Pele, Velo e Lã – Velo extenso, de madeixas compridas e pontiagudas; não reveste a cabeça, a extremidade livre dos membros e, por vezes, a barriga.
Cabeça – Comprida. Testa plana e com pequena poupa. Chanfro comprido e convexo, sobretudo nos machos. Cornos em ambos os sexos, em espiral mais ou menos aberta, rugosos e de secção triangular. Orelhas de tamanho médio e horizontais.
Pescoço – Pescoço estreito, revestido de lã, com barbela nos machos.
Tronco – Peito relativamente estreito; região dorso-lombar horizontal e de medidas transversais médias; ventre volumoso, sendo às vezes deslanado; garupa em regra pouco ampla e um pouco descaída.
Úbere – Úbere bem desenvolvido, globoso e com sulco mediano; tetos regularmente desenvolvidos e de regular inserção.
Membros– Membros finos, vigorosos, deslanados nas extremidades livres; nádega pouco desenvolvida; unhas rijas e pigmentadas.
Peso vivo adulto – Machos - 85 a 100 kg; Fêmea - 55 a 60 kg.

Fontes:
Sociedade Portuguesa de Ovinotecnia e Caprinotecnia
Ruralbit – Fotografias de Raças Autóctones
ANCOTEQ – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Churra da Terra Quente