Carne de Cabra - Chanfana

Descrição: Postas pequenas, tom avermelhado antes de confeccionar, tom acastanhado depois de confeccionada, aroma suave e textura macia.

Características particulares: Antes de confeccionada a carne tem uma cor avermelhada, evidenciando algum sinais de gordura leve. Depois de confeccionada o arame é suave e o tom acastanhado a emergir do molho que se formou a partir do vinho e da gordura natural do animal.

Espécies, variedades ou raças: Cabra portuguesa.

Informações complementares sobre espécies, variedades, raças: As cabras andavam em rebanhos, pastoreadas por um ou mais elementos, consoante o número de cabeças. O camponês aproveitava tudo da cabra. Enquanto era nova dava cabritos e o leite com que se faziam os queijos. Depois de morta e para além da chanfana, permitia fazer os negalhos, o chispe e a sopa de casamento. Das hastes da cabra faziam-se cabos para gafos e facas, bem como botões.

Ligação à paisagem natural: Rebanhos de cabras pastoreando nas leiras, prados e encostas beirãs.

Ingredientes utilizados: Carne da cabra velha, vinho, colorau, alho sal e louro.

Modo de preparação: Distribui-se a carne de cabra velha pelos caçoilos de barro preto, colocam-se 2 cabeças de alho inteiras, 1 colher de sopa de sal, 1 colher de sopa de colorau, 2 folhas de louro e atesta-se com vinho tinto. Vai ao forno de lenha, depois de bem quente. Durante o tempo em que a chanfana está a assar, normalmente cerca de 4 horas, a boca do forno deve manter-se completamente vedada com barro.

Saber fazer: A confeção tradicional evoluiu em alguns casos, havendo quem adicione à confeção indicada também a pimenta e mesmo o cravinho.

Disponibilidade do produto ao longo do ano: Permanente nos restaurantes especializados.

Área geográfica de produção: A cabra encontra-se disseminada por todo o País. A confeção da chanfana é originária de Miranda do Corvo, associada ao Convento Beneditino de Semide, encontrando-se disseminada, particularmente, pelas Beiras.

Fonte: Real Confraria da Cabra Velha