Verde

Descrição: Cor acastanhado; Aroma: sabor a anho; Textura: fino.

Características particulares: Essencialmente com base nos miúdos do anho, sangue previamente cozido e pão recesso.

Espécies, variedades ou raças: Anho.

Delimitação da área geográfica de produção: Entre Douro e Tâmega.

Ligação à paisagem natural: Pastagem para a alimentação dos anhos.

Ingredientes utilizados: Miúdos do anho, sangue, pão, cebola, azeite, sal.

Modo de preparação: Faz-se um picado de cebola no tacho com azeite e deixa-se alourar um pouco. As carnes foram cortadas em cru em bocados pequenos, deitam-se no estrugido, junta-se o sal quanto baste. Após alguns minutos junta-se água. Deixa-se cozer durante 1 hora e depois junta-se o pão também cortado em bocados pequenos e de preferência recesso (deixar um dia ou dois para ficar duro) e de seguida junta-se o sangue que se rela com as mãos para se soltar e ficar desfeito. Hoje em dia há quem acrescente o fumeiro ao verde também em bocados pequenos.

Saber fazer: Antigamente fazia-se em panela de ferro à lareira, mexendo sempre com a colher de pau. Esta forma de cozer em lume branco levava a que ficasse mais saboroso.

Formas de comercialização: Nos restaurantes e funciona como prato de entrada.

Disponibilidade do produto ao longo do ano: Comercializado todo o ano.

Historial do produto: Era um produto que era muito utilizado nos casamentos e nas festas, como entrada. Era também uma maneira de aproveitar ao máximo outras partes do anho. Antigamente era um prato que se fazia em muitas nos dias de festa e caiu em desuso, tendo ressurgido à uns anos e a ser servido nos restaurante e nas festas. Era um prato de acolhimento dos convidados dos noivos. No dia do casamento, preparava-se o prato na casa da noiva (onde normalmente era a boda do casamento), o que servida de pequeno almoço / aperitivo antes de se deslocarem, a pé, para a igreja. Era assim uma forma de sustentar e agradar os convidados, no dia do casamento. Na região mais a sul do concelho, existia uma particularidade na execução do Verde. Este era confecionado com massa, em vez de pão. Tornava o prato com uma consistência diferente e servia como um prato principal. Nas freguesias do baixo concelho era servido como entrada nos casamentos.

Representatividade na alimentação local: É um prato característico desta região.

Disponibilidade do produto (em extinção, oferta contínua, recuperação): Oferta contínua.

Outras designações: Bazulaque

verde massa

Foto: Apresentação final do Verde com massa.

Fonte: Confraria do Anho Assado com arroz de Forno