Algas Agaratilas

Descrição: Trata-se de algas da classe Rodophiceas, ordem Gelidiais, espécie Sesquipedale, de cor vermelho-escura, que se encontram ao longo da costa atlântica portuguesa.

Região: Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo (apenas nas orlas marítimas costeiras).

Outras: Denominações Limo.

Particularidade: Algas vermelhas, industrializáveis, dando origem ao ágar-ágar.

História: As algas já se utilizavam na China (600 a.C.) como gelificante. No século XVII, usavam-se na Europa e no Oriente, como adubo e alimento, assim como na preparação do vidro e do sabão. De 1811 a 1873, serviram como matéria-prima para a extração de iodo. Em tempos mais recentes eram utilizadas moídas, para alimento de peixes, mas a partir de 1930 o seu uso mais importante é para o fabrico de ágar-ágar. Em Portugal sempre se usaram como adubo mas, por fim, começaram a ser colhidas em Peniche para o fabrico do ágar-ágar.

Uso: O ágar-ágar é um ficocolóide largamente utilizado como aditivo na indústria alimentar, dadas as suas características gelatinizantes a muito baixas concentrações de uso. Também se usa, em menor extensão, nas indústrias de cosmética, farmacêutica, etc.

Saber fazer: Embora hoje em dia os mergulhadores já usem equipamento adequado, tradicionalmente as algas eram colhidas junto à costa, em mergulho livre ou apenas na maré baixa. A produção do ágar-ágar consiste, basicamente, na cozedura das algas vermelhas sob determinadas condições de pressão e temperatura, filtração, gelificação, prensagem, secagem e moagem, obtendo-se um produto final de aspeto farinhoso, de cor branco-amarelada, inodoro e com ligeiro sabor a mucilagem.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001