Pevides de Abóbora e Mogango

Descrição: São as sementes da abóbora e do mogango (Cucurbita pepo), assadas e temperadas com alho, sal e pimenta.

Região: Região Autónoma dos Açores.

Particularidade: Pevides assadas, temperadas com sal, alho e pimenta.

História: A existência das abóboras nos Açores remonta, pelo menos, ao século XV. Na Ribeira Grande ainda hoje existe uma antiga ermida dedicada a Santo André que, pelas suas características, remonta ao século XVI. Esse templo apresenta ainda agora inscrita na pedra do degrau da entrada a seguinte frase: «É de pedra, não é de abóbora.» Segundo o Dr. Luís Bernardo Leite de Athaíde, aparece em nota ao segundo volume do Tombo da Matriz da Ribeira Grande uma referência à citada inscrição, explicando-a da seguinte forma: «Lourenço de Medeiros Chicharro mandou gravá-la por os seus coevos dizerem que só com abóboras poderia ele ladrilhar a ermida, obra realizada em 1648.» Carreiro da Costa, em duas das suas obras, afirma que o cultivo das abóboras terá começado no século XV.

Uso: As pevides, tanto de abóbora como de mogango, são muito apreciadas nos Açores, onde constituem um aperitivo muito estimado, já que o seu sabor estimula o apetite e o consumo de bebidas alcoólicas.

Saber fazer: As pevides das abóboras são assadas, sendo depois temperadas com sal, alho e pimenta.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001