Descrição: Caixinhas circulares de massa, feitas com farinha, gema de ovo e manteiga, cheias de doce feito com toucinho moído, amêndoa, gemas, açúcar e canela, cozidas no forno.
Região: Alentejo.
Particularidade: Forminhas com cerca de 6 cm de diâmetro e 3 cm de altura, de massa muito fina, recheadas com doce de ovos, amêndoa e toucinho. Têm uma cor dourada.
História: O nome provém dos ingredientes com que é fabricado e em que entra o toucinho. Um dos alimentos base da alimentação da população alentejana é o porco; não surpreende, por isso, que os seus derivados apareçam também na doçaria regional. Trata-se de um doce que teve origem num convento desaparecido há mais de um século e fundado em 1541, o Convento da Esperança. Contudo, também há quem atribua a receita ao Convento de S. João da Penitência ou ao das Maltesinhas de Estremoz.
Uso: Como guloseima, a qualquer hora do dia, e como sobremesa.
Saber fazer: Faz-se uma massa que se estende e dobra várias vezes, como a massa folhada. Finalmente, estende-se muito fina e forram-se forminhas baixas e de preferência caneladas. Recheiam-se com doce de toucinho, cobrem-se com outra rodela de massa e vão ao forno. Para o doce de toucinho usa-se toucinho fresco, sem couro, demolhado durante algumas horas, se necessário, seco e triturado. Faz-se uma calda de açúcar, junta-se o toucinho, ferve-se e passa-se por uma peneira. Junta-se a amêndoa, as gemas e a canela e leva-se ao lume a engrossar.
Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001