Nógado Algarvio

Descrição: Massa relativamente dura, de cor dourado-escura, preparada com amêndoa e mel em partes iguais. Apresenta-se sob a forma de quadrados ou retângulos de 5 a 6 cm de lado, embrulhados em papel, ou sob a forma de pequenos montinhos colocados sobre folhas de limoeiro. Pesa aproximadamente 30 g.

Região: Algarve.

Particularidade: Montinhos de nógado, apresentados em folhas de limoeiro ou embrulhados em papel.

História: A história da doçaria regional algarvia está muito ligada à história da Pastelaria Almeida, cujo número de licença de fabrico é o 977, datando de 1931 o contrato de arrendamento da pastelaria. Contudo, já muito antes dessa data a mesma família fabricava doçaria que vendia na casa de jantar da sua própria casa. A pastelaria tornou-se tão conhecida que, para além da venda ao público, tem sido fornecedora da Presidência da República desde 1930 e é a fornecedora dos banquetes de Estado, com perfeitas maravilhas doceiras (por exemplo, um morgado de amêndoa, em forma de brasão real, para o banquete oferecido à rainha Isabel de Inglaterra, em 1957).

Uso: Como guloseima, a qualquer hora do dia.

Saber fazer: Limpam-se bem as amêndoas, esfregando-as com um pano. Cortam-se depois em lascas relativamente grossas. Leva-se o mel ao lume em tacho de arame ou cobre, deixando ferver. Juntam-se as amêndoas, mexe-se e, sem deixar queimar, vai fervendo até atingir a cor dourado-escura. Deita-se sobre uma tábua molhada e, com um rolo também molhado, estende-se até atingir a espessura de 0,5 cm. Cortam-se os quadrados ou retângulos, ou fazem-se os montes, com a massa ainda quente, colocando-os sobre papel ou folhas de limoeiro.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001