Broas dos Santos

Descrição: Bolos secos de massa friável e compacta, com cerca de 3,5 cm de diâmetro e um peso aproximado de 20 g. A cor castanho-dourada resulta de serem pincelados com gema de ovo. Apresentam rachaduras profundas causadas pelo calor. São comercializados em embalagens de 0,5 kg.

Região: Lisboa e Vale do Tejo

Particularidade: Pequenos bolos secos em forma de bola, de cor castanho-dourada e com sabor intenso a erva-doce.

História: De acordo com receitas herdadas de familiares próximos e com os hábitos tradicionais estas pequenas broas eram confecionadas apenas, como o seu nome indica, por altura das Festas dos Santos (dei de novembro até à Páscoa), durante as quais tinham abundante consumo. Desde há uns anos a pressão dos consumidores e, sobretudo, dos emigrantes portugueses que voltam ao País apenas no Verão, levou ao seu fabrico fora da época tradicional. Este facto demonstra os hábitos arreigados e a tradicionalidade do produto que muitos, saudosos, não querem deixar de consumir mesmo fora da época do Santos.

Uso: Constituem uma guloseima muito apreciada, não se resistindo à tentação de comer mais uma... São também consumidas como refeições intercalares de manhã e à tarde, como forma de enganar a fome.

Saber fazer: A amêndoa do Algarve é pelada e cortada muito fina, em fatias. Depois é misturada com gemas de ovos, farinha e erva-doce. É esta erva-doce que constitui o segredo, quer pela composição, quer pela quantidade usada, conferindo-lhes um paladar inesquecível. Depois de tudo amassado são feita bolas que, antes de irem ao forno quente, são pinceladas manualmente com gema de ovo.

Fonte: Produtos Tradicioanis Portuguese, Lisboa, DGDR, 2001