Carne de Porco Alentejano DOP

Descrição: A Carne de Porco Alentejano DOP é obtida a partir de carcaças com um peso mínimo de 50 kg e máximo de 100 kg, provenientes de porcos de raça alentejana abatidos entre os 8 e os 14 meses de idade. É uma carne muito saborosa e suculenta, de grão fino, de cor entre o rosa pálido e rosa escuro e com uma gordura brilhante, firme, não exsudativa e de coloração branca.

Método de produção: Os leitões, após serem alimentados através do leite materno durante um mínimo de 45 dias, são desmamados quando apresentam um peso vivo de aproximadamente 14 kg. Após um período de adaptação, em que são alimentados à base de erva, restolhos, cereais e, eventualmente, alguns suplementos, os animais passam a alimentar-se de alimentos disponibilizados pela natureza (bolota, ervas, restolhos, etc.), eventualmente complementados com cereais produzidos na exploração ou ainda com alimentos alternativos que sejam expressamente autorizados. Os porcos são abatidos entre os 8 e os 14 meses de idade, devendo as carcaças pesar entre 50 e 120 kg.

Características particulares: A Carne de Porco Alentejano DOP pode ser considerada como um dos símbolos da gastronomia nacional. Os porcos da raça Alentejana são animais de tamanho médio, com pele cor de ardósia, cabeça alongada e orelhas pequenas. A bolota e a lande, frutos do montado, constituem um elemento essencial na alimentação destes animais, com uma influência inequívoca nas características organoléticas da sua carne.

Área de produção: Estendendo-se por mais de 26000 km2, a área geográfica de produção da Carne de Porco Alentejano DOP engloba o distrito de Évora, a quase totalidade dos distritos de Beja e Portalegre e grande parte do distrito de Setúbal (concelho de Sines e grande parte dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém).

História: A carne do porco alentejano tem uma fama ancestral, gozando já de bom prestígio nos tempos do Império Romano. Até à década de 1960, o porco da raça alentejana era o principal responsável pelo abastecimento de carne em todo o país. Após alguns anos de declínio, assistiu-se recentemente ao ressurgir do interesse pela criação destes animais especialmente adaptados ao sistema extensivo, como forma de valorizar o montado alentejano e de melhorar as condições ambientais da região, em risco de desertificação humana e animal.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
ACPA - Associação de Criadores de Porco Alentejano

Organismo de controlo e certificação
AGRICERT - Certificação de Produtos Alimentares, Lda.

Plano de controlo
Plano de controlo (pdf)

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 617/2003 da Comissão – L89/3 05.04.2003
Publicação do pedido de registo (2002/C 168/08) – C168/17 13.07.2002

Publicação em DR
Despacho n.º 54/1999 – 11.03.1999
Aviso n.º 4317/2005 – 21.04.2005

 

Padrão da Raça Suína AlentejanaPorco Alentejano

Aspeto geral – Corpulência médio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo. Machos com testículos bem salientes e medianamente volumosos. Fêmeas com mamilos com número não inferior a 5 de cada lado.
Pele – Preta ardósia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva.
Cabeça – Comprida e fina de ângulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lançada para fora.
Pescoço – De comprimento médio e musculado.
Porco AlentejanoTronco – Região dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e oblíqua, ventre descaído, cauda fina de média inserção e terminada com um tufo de cerdas.
Membros – De comprimento médio, delgados e bem aprumados, terminando por pés pequenos e unha rija.
Variedades: Lampinha; Ervideira; Caldeira; Mamilada

Fontes:
ACEPA – Agrupamento Complementar de Empresas do Porco Alentejano
ACPA – Associação de Criadores de Porco Alentejano
ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano