Castanha Doce de Arouca

Descrição: Doces pequenos de cor e forma de castanha, pastosos mas consistentes São feitos com ovos, açúcar, amêndoa e água. Têm as dimensões de uma castanha e pesam cerca de 10 g. São apresentados em caixas de cartão ou metal.

Região: Norte.

Outras denominações: Castanha de Ovos. Castanha Doce de Amêndoa.

Particularidade: Doce de ovos e amêndoa, moldado em forma de castanha e assado nas brasas espetado num pau.

História: Fazendo parte da doçaria tradicional de Arouca, a sua história está intimamente ligada à existência das freiras Bernardas do Convento de Arouca. A divulgação da receita destes doces, bem como de toda a rica doçaria tradicional de Arouca, é feita através de moças da ordem que, vivendo fora do convento também trabalhavam para o mesmo. Estas serviçais do convento estavam em contacto direto com a vida quotidiana monástica de Arouca e também em contacto com as casas senhoriais de Arouca, para as quais o convento era um espaço social.

Uso: A Castanha Doce de Arouca, assim como os restantes doces conventuais, está direta ou indiretamente ligada a certos dias de festa litúrgica, que anualmente fazem reacender os mitos fundadores da sua existência. A doçaria é, também ela, uma forma de solenizar a comunicação com a divindade. O calendário festivo-monástico do fabrico da doçaria conventual de Arouca inclui o Natal, a Páscoa e a Festa da Rainha Santa Mafalda.

Saber fazer: Faz-se uma calda com o açúcar e a água até formar ponto de cabelo e deixa-se arrefecer. A amêndoa, depois de pelada e moída, é ralada e os ovos batidos, adicionando-se então ao açúcar e leva-se ao lume para secar. Depois de fria a massa, moldam-se as castanhas que se passam por ovo e se assam nas brasas para crestarem e ganharem a cor da castanha. Servem-se dentro de caixinhas de papel.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001