Cordeiro Bragançano

Descrição: Entende-se por Cordeiro Bragançano DOP a carne de ovinos da raça Churra Galega Bragançana abatidos com três a quatro meses de idade, nascidos e criados num sistema de exploração extensivo tradicional. Trata‑se de uma carne muito tenra, particularmente suculenta, macia, e com uma gordura consistente e não exsudativa. O peso médio da carcaça estimado será entre 10 a 12 kg.

Método de produção: A base da alimentação dos cordeiros é o leite materno. Esta alimentação poderá ser suplementada a partir dos dois meses de idade com recurso a forragens tradicionais. Na alimentação dos animais está interdito o uso de produtos que possam interferir no seu crescimento e desenvolvimento (hormonas, antibióticos, sulfamidas, anabolizantes, etc.).

Características particulares: A particularidade do Cordeiro Bragançano DOP prende-se com a raça, a sua a alimentação e o maneio. O pastoreio extensivo na maior parte do ano leva os animais a apresentarem um nível de gordura equilibrado na carne, músculo firme e um marmoreado uniforme de gordura.

Área de produção: Ocupando uma região agro ecológica designada Terra Fria Transmontana, a área geográfica de produção do Cordeiro Bragançano DOP compreende os concelhos de Bragança e Vinhais.

História: A raça Churra Galega Bragançana é tão antiga como a história da pecuária de Trás-os-Montes. Os fatores que contribuiram para diferenciar a raça Churra Galega Bragançana da raça Churra Galega Mirandesa foram as diferenças nas condições agro-ecológicas que se verificam na Terra Fria Transmontana, nomeadamente entre a Montanha e o Planalto Mirandês. Foram os celtas que cruzaram as ovelhas autóctones com os carneiros que traziam, obtendo assim o primitivo tronco churro, do qual deriva também a raça Churra Galega Bragançana. É uma raça muito rústica e bem adaptada às condições geográficas e climatéricas da Terra Fria Transmontana.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores

Organismo de controlo e certificação
TRADIÇÃO E QUALIDADE - Assoc. Interprof. Produtos Agro-Alimentares de Trás-os-Montes

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 1107/96 da Comissão – L148 21.06.1996

Publicação em DR
Aviso n.º 2506/2005 (2ª série), de 11.03.2005
Aviso n.º25/94 (2ª série), de 31.01.1994
Despacho n.º 19/94 (2ª série), de 31.01.1994

 

Padrão da Raça Ovina Churra Galega BragançanaGalega Bragancana 2 rd
De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o ovino Churro Galego Bragançano é um animal com as seguintes características:

Aspeto Geral – Estatura média em que a altura dos membros e do tórax lhe confere o característico aspeto pernalteiro.
Pele, velo e lã – Velo Pouco extenso, não recobrindo a cabeça, o terço anterior do pescoço, a barriga e os cabos. Composto por madeixas pontiagudas.
Cabeça – Possui um tamanho médio, deslanada e com um perfil sub-convexo. As fêmeas não têm cornos que são frequentes nos machos. Orelhas medianas e de alta inserção. Arcadas orbitais salientes, com olhos grandes. Pescoço – Comprido e delgado, tendo má ligação ao tronco. Sem barbela e deslanado no terço anterior.
Tronco – Peito estreito, garrote e espáduas pouco destacadas. Linha dorso lombar horizontal. Garupa um tanto descaída e pouco volumosa. Cauda comprida.
Úbere – Globoso, com tetos bem implantados.
Membros – Altos, finos, pigmentados e deslanados nas extremidades livres. Unhas rijas e frequentemente pigmentadas.
Peso vivo – adulto: Machos – 50 a 60 kg; Fêmeas – 35 a 50 kg.

Fontes:
ACOB – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Churra Galega Bragançana
Ruralbit – Fotografias de Raças Autóctones
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV)